sábado, 28 de setembro de 2013

Aromaterapia

Trabalho apresentado na disciplina de Homeopatia. Você sabe o que é Aromaterapia? Leia e fique por dentro! 





1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na década de 20, Gatti e Cayola, médicos italianos, demonstraram os benefícios psicoterapêuticos dos óleos, e foi em 1937 que o termo aromaterapia foi utilizado pela primeira vez: Renée Maurice Gatefossé, conduzindo experimentos no uso cosmético dos óleos, sofreu um acidente queimando a mão no laboratório, colocando-a logo em seguida num frasco de óleo de lavanda; a cura se deu rapidamente, o que despertou o interesse no estudo terapêutico dos óleos essenciais (TRISKA, 2003).
O termo "aromaterapia" teria sido criado por um químico francês, Maurice René de Gattefossé em 1937, que após ter queimado as mãos em um acidente em seu laboratório, mergulho-as, acidentalmente, em um tanque contendo óleo essencial de lavanda, pensando que fosse água. Para sua surpresa a dor passou e ocorreu rápida cicatrização do ferimento sem infecção. A partir deste evento passou a pesquisar as atividades terapêuticas dos óleos essenciais, que eram usados com finalidade cosmética e como odorizante (HUDSON, 1999)
Nas duas guerras mundiais os óleos essenciais foram muito utilizados para o tratamento de ferimentos. A França tornou-se pioneira nestes trabalhos, evoluindo para a prescrição individual de óleos essenciais, adequada às particularidades do usuário. Margaret Maury (1895-1968), farmacêutica, criou um método de aplicação dos óleos pela massagem, selecionando-os de acordo com as características físicas, mentais e emocionais de seus clientes. Atualmente, há faculdades de medicina que possuem a matéria "aromaterapia" como opcional (HUDSON, 1999).
Na década de 70, segundo TRISKA (2003) estudos realizados contribuíram para reafirmar os benefícios psicoterapêuticos dos óleos aromáticos, contribuindo para divulgar esta prática para o resto da Europa.
O uso de óleos essenciais tem duas grandes áreas de atuação: a fisiológica, uma vez que as substâncias constituintes são absorvidas pelo organismo principalmente por via oral, cutânea, respiratória e injetável (aplicada somente por profissionais de saúde graduados) e a psicológica, onde os óleos atuam sobre o estado emocional e mental trazendo equilíbrio.

Em termos de ação farmacológica, segundo TRISKA (2003), os óleos essenciais podem atuar no organismo de inúmeras formas, tais como: estimulantes (do sistema nervoso, da musculatura lisa), calmantes, analgésicos, mucolíticos, expectorantes, imunoestimulantes, cicatrizantes, rubefacientes, hormonais, anti-sépticos, bactericidas, virucidas, fungicidas, anti-helmínticos, etc. A aromaterapia clínica aborda esses efeitos, visando restabelecer o reequilíbrio orgânico. E essa abordagem fitoterápica dos óleos essenciais também é vista como complementar em relação à medicina ortodoxa. Inúmeras pesquisas têm sido conduzidas, confirmando esses efeitos no organismo, porém ao se considerar as possíveis conexões dos óleos essenciais em relação aos pensamentos, sentimentos, status imunológico, pode-se constatar uma habilidade que confere o caráter holístico desta terapia, atuando de forma integrada no físico, mental e emocional, e promovendo saúde.

2 – OBJETIVOS
Tratar, exemplificar e contextualizar sobre a Aromaterapia, levantar seu histórico e emprego nos dias atuais
3 – DESENVOLVIMENTO

3.1 – Histórico

O uso de plantas aromáticas (inteiras ou suas partes como folhas, cascas, sementes e seus produtos extrativos como as resinas), é tão antigo quanto a história da humanidade, sendo empregadas na medicina, na cosmética e em cerimônias religiosas. Os relatos mais antigos são encontrados nos livros em sânscrito dos Ayurvedas (há mais de 2.000 A.C.), onde há descrições de técnicas rudimentares que os hindus utilizavam para a obtenção de produtos destilados, provavelmente álcoois aromáticos de espécies de capins do gênero Cymbopogon (capim limão e citronela) e mirra entre as mais de 700 substâncias aromáticas citadas.

O Egito parece ser o berço da arte de obtenção de óleos essenciais através da destilação, apesar de existirem poucas referências atuais disso. Segundo TRISKA (2003), os egípcios fizeram o uso extenso da rosa, do jasmim, do olíbano e da mirra, dentre tantos outros óleos, nos processamentos de mumificação, na perfumaria, nos medicamentos, nos cosméticos, nas massagens, etc. a descoberta de múmias bem preservadas há 5000 anos após sua preparação é um tributo à arte do embalsamento. Houve uma preocupação em se registrar e sistematizar o uso destas plantas, presentes em papiros datados de 1555 a.C., e seus métodos de aplicação são similares aos usados hoje na aromaterapia. As fórmulas de muitos decoctos medicinais e psicoativos foram esculpidas em templos-laboratórios, por sacerdotes-curadores, permitindo um acesso parcial a algumas potentes misturas aromáticas. Era utilizado um método de extração conhecido como infusão, para extração dos óleos a partir das plantas aromáticas; e o incenso, derivado do olíbano, era queimado ao nascer do sol, como oferenda ao deus Ra, e a mirra era oferecida à lua. Estes conhecimentos espalharam-se para os antigos gregos e destes para os romanos através da divulgação feita por Heródoto, filósofo e historiador (485-432 a.C.). O médico grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, usou os óleos essenciais e aromaterapia extensivamente em seus métodos de cura, exaltando as virtudes de “um banho aromático diário e uma massagem aromaterápica para prolongar a vida”

O uso de plantas e óleos aromáticos na terapêutica pelos chineses é muito antigo, há relatos em obras de 2700 a.C. O livro de medicina interna do antigo Imperador Amarelo da China, fala sobre o uso de plantas aromáticas como o gengibre, muitas destas empregadas também em cerimônias religiosas.
No século XII, durante o período das Cruzadas, o conhecimento sobre plantas aromáticas, especiarias e perfumes espalhou-se do Oriente Médio para a Europa. A técnica de obtenção, desenvolvida pelos alquimistas árabes através do uso da "serpentina" para refrigeração dos produtos destilados também foi difundida. Entretanto, estes produtos não eram os óleos essenciais propriamente ditos e sim soluções aquosas e alcoólicas destes. Com a difusão do conhecimento, a medicina de Hipócrates difundiu-se e muitas obras médicas foram traduzidas e jardins medicinais passaram a ser cultivados nos mosteiros, onde monges e freiras preparavam remédios a partir destas.

Foi somente durante os séculos XVI e XVII que os óleos essenciais receberam suas primeiras aplicações e sua introdução no comércio. A partir disso a aromaterapia cresceu rapidamente ao redor do mundo. No século XVIII, vinagres aromáticos e águas perfumadas tornaram-se populares, especialmente a Água de Colônia utilizada por Napoleão, que a considerava um elixir da vida (AROMALÂNDIA, 2002).

A partir do século XVIII as drogas sintéticas emergiam dos laboratórios e o uso das plantas, de forma geral, foi negligenciado, diante da possibilidade de se sintetizar compostos e criar novos medicamentos. Na tentativa de se retirar as “impurezas” das plantas e isolar os princípios ativos, os cientistas se vêm diante do problema dos efeitos colaterais que apareciam, desconsiderando o efeito protetor dos elementos-traço. Durante o século XIX o químico Chamberland, em 1887 publicou resultados sobre as propriedades anti-sépticas de vários óleos essenciais (TRISKA, 2003).

Com o desenvolvimento da indústria química, os óleos sintéticos começaram a ser produzidos em larga escala, tornando-se mais acessíveis economicamente. Se por um lado o uso de óleos essenciais na terapêutica passa a ser mais divulgado (através do marketing das indústrias químicas), por outro ocorre um prejuízo, pois produtos sintéticos não podem ser comparados a produtos naturais em seus efeitos terapêuticos.


 3.2 A Terapia Com Óleos Essenciais

Na década de 20, Gatti e Cayola, médicos italianos, demonstraram os benefícios psicoterapêuticos dos óleos, e foi em 1937 que o termo aromaterapia foi utilizado pela primeira vez: Renée Maurice Gatefossé, conduzindo experimentos no uso cosmético dos óleos, sofreu um acidente queimando a mão no laboratório, colocando-a logo em seguida num frasco de óleo de lavanda; a cura se deu rapidamente, o que redespertou o interesse no estudo terapêutico dos óleos essenciais (TRISKA, 2003).

O termo "aromaterapia" teria sido criado por um químico francês, Maurice René de Gattefossé em 1937, que após ter queimado as mãos em um acidente em seu laboratório, mergulho-as, acidentalmente, em um tanque contendo óleo essencial de lavanda, pensando que fosse água. Para sua surpresa a dor passou e ocorreu rápida cicatrização do ferimento sem infecção. A partir deste evento passou a pesquisar as atividades terapêuticas dos óleos essenciais, que eram usados com finalidade cosmética e como odorizante (HUDSON, 1999)

Nas duas guerras mundiais os óleos essenciais foram muito utilizados para o tratamento de ferimentos. A França tornou-se pioneira nestes trabalhos, evoluindo para a prescrição individual de óleos essenciais, adequada às particularidades do usuário. Margaret Maury (1895-1968), farmacêutica, criou um método de aplicação dos óleos pela massagem, selecionando-os de acordo com as características físicas, mentais e emocionais de seus clientes. Atualmente, há faculdades de medicina que possuem a matéria "aromaterapia" como opcional (HUDSON, 1999).

Na década de 70, segundo TRISKA (2003) estudos realizados contribuíram para reafirmar os benefícios psicoterapêuticos dos óleos aromáticos, contribuindo para divulgar esta prática para o resto da Europa. O uso de óleos essenciais tem duas grandes áreas de atuação: a fisiológica, uma vez que as substâncias constituintes são absorvidas pelo organismo principalmente por via oral, cutânea, respiratória e injetável (aplicada somente por profissionais de saúde graduados) e a psicológica, onde os óleos atuam sobre o estado emocional e mental trazendo equilíbrio.


Em termos de ação farmacológica, segundo TRISKA (2003), os óleos essenciais podem atuar no organismo de inúmeras formas, tais como: estimulantes (do sistema nervoso, da musculatura lisa), calmantes, analgésicos, mucolíticos, expectorantes, imunoestimulantes, cicatrizantes, rubefacientes, hormonais, anti-sépticos, bactericidas, virucidas, fungicidas, anti-helmínticos, etc. A aromaterapia clínica aborda esses efeitos, visando restabelecer o reequilíbrio orgânico. E essa abordagem fitoterápica dos óleos essenciais também é vista como complementar em relação à medicina ortodoxa. Inúmeras pesquisas têm sido conduzidas, confirmando esses efeitos no organismo, porém ao se considerar as possíveis conexões dos óleos essenciais em relação aos pensamentos, sentimentos, status imunológico, pode-se constatar uma habilidade que confere o caráter holístico desta terapia, atuando de forma integrada no físico, mental e emocional, e promovendo saúde.

3.3 - Os óleos essenciais

3.3.1 Características básicas

Óleo essencial é um termo que designa substâncias aromáticas, geralmente de odor agradável e intenso, na maioria em forma líquida, encontradas em diferentes órgãos vegetais, solúveis em solventes polares, por exemplo, óleos fixos e com solubilidade limitada em água, por isso as águas aromáticas (hidrolatos) apresentam o aroma da essência (SIMÕES & SPITZER,1999).

Evaporaram rapidamente, quando expostos ao ar à temperatura ambiente, por isso também são chamados de óleos voláteis ou etéreos. Apresentam sabor ácido e picante; quando extraídos recentemente são incolores ou ligeiramente amarelados (poucos apresentam coloração como o óleo essencial de camomila que é azul, devido ao alto teor de azulenos); não são muito estáveis, alterando-se principalmente na presença de ar, luz, calor umidade e metais. Frequentemente o aroma se modifica pela ação do ar e da luz, tornando-se menos agradável: nesta circunstância a cor também se torna mais escura, a fluidez diminui, adquire reação ácida e por vezes, chega a resinificar-se, alterando-se profundamente (FARM BRAS. II)


O óleo de copaíba e a essência de terebentina sofrem resinificação com o passar do tempo. Sua composição é complexa e seus constituintes variam desde hidrocarbonetos terpênicos, álcoois simples e terpênicos, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, cumarinas e até compostos com enxofre (SIMÕES & SPITZER,1999).

Pesquisas demonstraram que o óleo essencial (constituído por um conjunto de substâncias), pode conter de dez a duzentos componentes e outros micro elementos difíceis de serem analisados, mas tão importantes quanto aqueles encontrados em maior quantidade, assim, não existe uma forma de produzir sinteticamente, com perfeição, este produto natural na sua totalidade.

Segundo ALEXANDER (2000), para que uma substancia seja de natureza odorífera são três elementos básicos:
- Volatilidade – isto implica em facilmente se evaporar a temperatura e pressão atmosférica normais, de maneira que a substancia possa ser carreada pelo ar, dentro das narinas.
- Hidrossolubilidade – isto porque as moléculas precisam passar através do muco que reveste a superfície interior da cavidade nasal e alcança as células olfatórias.
- Lipossolubilidade - pelo fato das células olfatórias serem compostas primariamente de lipídeos e a superfície da membrana celular olfatória conter também lipídeos. Entretanto é necessária uma quantidade específica de substância para que o odor seja perceptível. A sensibilidade olfatória humana é considerada microsmática (de pouca sensibilidade), se comparada a outros animais, e ainda menor que o paladar. Há pessoas consideradas macrosmáticas (altamente sensíveis) se comparadas a outras.

Esses conceitos são relacionados à anosmia, ou ausência de sensibilidade a odores. Ainda assim, segundo LAVABRE (2001), o ser humano é capaz detectar até uma parte apenas de um material fragrante em dez trilhões de partes ou mais. Um nariz treinado pode diferenciar centenas de odores diferentes, entretanto, não temos vocabulário suficiente para nomeá-los, uma vez que os nervos olfativos terminam em uma região do cérebro que não utiliza a mesma lógica dos nossos centros do intelecto, uma vez que os odores mesmo sendo uma forma de comunicação, não podem constituir uma linguagem, pois funcionam por associações e imagens (“isto tem cheiro de rosa”) e não são analíticos.


O óleo essencial apresenta uma atividade terapêutica melhor do que a principal substância isolada de sua composição, por exemplo: o óleo essencial de Eucaliptus globulus tem atividade anti-séptica maior do que o seu principal constituinte ativo isolado, o cineol ou eucaliptol (representando 80% da composição). Um óleo essencial apresenta uma composição complexa, algumas vezes, com centenas de diferentes compostos químicos, onde eles apresentam ação sinérgica ou complementar entre si, modalizando sua atividade.

A composição química do óleo essencial depende de múltiplos fatores como quantidade de luz, tipo de solo, altitude, umidade, temperatura e época de coleta, por isso, segundo LAVABRE (2001), é impossível obter duas vezes, exatamente, o mesmo óleo. Por isso, microorganismos patogênicos não impõem resistência aos óleos essenciais, durante o tratamento, e se ocorre isto se dá num nível muito menor do que a oferecida aos antibióticos.

Segundo SIMÕES & SPITZER (2001), além dos óleos voláteis obtidos de plantas, há no mercado produtos sintéticos. Esses óleos sintéticos podem ser imitações dos naturais ou composições de fantasia. Para a utilização farmacêutica, somente os naturais são permitidos pelas farmacopéias, porém, há exceções, aqueles óleos que contêm somente uma substância, como o óleo volátil de baunilha (que contêm vanilina), nestes casos, algumas farmacopéias permitem também os equivalentes sintéticos.

TRISKA (2003), afirma que questão do uso de óleos sintéticos ou orgânicos tem levantado polêmica entre cientistas da área e aromaterapeutas. Sabe-se que os sintéticos não proporcionam os mesmos efeitos dos óleos orgânicos, podendo até mesmo causar alergias e outros sintomas colaterais sérios. O conceito de que a chamada “energia vital” contida nos óleos naturais permite uma interação própria e somente ocorrente em sistemas orgânicos vivos, vai contra a concepção dos fitoquímicos e outros estudiosos, que não vêem sustentação para essa teoria.


3.3.2 Localização dos óleos essenciais nos vegetais, ecologia e cosmologia

Os óleos essenciais existem quase que exclusivamente, nos vegetais superiores. Os gêneros capazes de produzir óleos essenciais estão distribuídos entre cinquenta famílias, onde as Lamiaceas, Asteraceas, Rutaceas, Lauraceas e Magnoliaceas são as principais. Os óleos essenciais são estocados em todos os órgãos nos vegetais: flores (begamota, rosas), folhas (citronela, eucalipto), casca (canela), raízes (vetiver), rizomas (curcuma, gengibre), frutos (anis) sementes (noz moscada) (BRUNETON, 1993).

Todos os órgãos de uma planta da mesma espécie podem ter óleo essencial, o que diferencia é a composição química de acordo com sua localização. Assim as cascas do fruto da laranja (C. auranthium L. ssp aurantium, Rutacea) produz o óleo de laranja amarga conhecido como essência de Curaçao, a flor produz a essência de Nelori, e existe ainda a hidrodestilação das folhas, ramos e pequenos frutos.

A síntese e acumulação de óleos essenciais são geralmente associadas a presença de estruturas histológicas especializadas, localizadas próximos a superfície do vegetal. De acordo com LÁSLÓ (2001). Entre as células secretores e produtoras de óleos essenciais temos os pelos que elaboram os óleos essenciais em algumas plantas com a função de protegê-las do calor ou afastar insetos (alecrim, gerânio), também encontramos bolsas secretoras (eucalipto) e estruturas resultantes da dissolução das membranas celulares, resultando na fusão das células secretoras (frutos cítricos).

A função biológica dos óleos essenciais ainda não está complemente elucidada. Eles agem como hormônios, reguladores e catalizadores, proporcionando a adaptação da espécie ao meio, protegendo-a contra predadores, inibindo a germinação de outras espécies vegetais no entorno, exercendo uma função termo-reguladora, atraindo insetos polinizadores. Desta forma, quando a planta é submetida a condições de estresse ela aumenta a produção de óleo essencial (BRUNETON, 1993; LÁSLÓ, 2001).

Segundo LAVABRE (2001), os óleos essenciais, na visão antroposófica, seriam a manifestações das forças cósmicas do fogo e seriam produzidos pelo “eu” cósmico da planta, matéria dissolvendo-se em calor, uma vez que na evolução da planta, ocorre a transformação do germe em raízes (esfera física), folhas (esfera vital) até a exuberância da flor (esfera astral), em direção a espiritualidade por isso além de sua atividade farmacológica, também teriam ação em doenças do corpo astral.

Entretanto, os óleos essenciais podem estar estocados também em certos órgãos, tais como folhas, cascas dos caules, raízes, rizomas, frutos ou sementes. Todos os órgãos de uma planta podem acumular óleos voláteis, porém, sua composição pode variar segundo a sua localização. Os óleos voláteis obtidos de diferentes órgãos de uma mesma planta podem apresentar composição química, caracteres físico-químicos e odores bem distintos (SIMÕES & SPITZER, 2001).

LAVABRE (2001) afirma que os óleos essenciais produzidos:
 - Nas raízes (angélica e vetiver) tendem a ter uma energia fundamental e características próprias de alimentos, sendo estimulantes das funções vitais (especialmente da digestão);
- Pelas folhas (eucalipto, hortelã pimenta) conservam uma forte afinidade com a energia prana, isto é, sistema respiratório, tonificando o sistema vital.
- Pela flor, que é a última conquista da planta (que depois se transforma em fruto e semente numa involução voltando ao mundo físico) tem em sua fragrância odor intenso e um sinal de intensa atividade astral (como a rosa). As plantas com criatividade floral mais intensa raramente produzem frutos ou sementes em quantidades significativas. Os óleos essenciais de flores tendem a ser revitalizantes (jasmim) ou até intoxicantes (narciso), costumam ser refinados, sutis e difíceis de extrair (rosa e neróli), sendo extremamente sensíveis a temperatura (jasmim, angélica, narciso).
- Pelas sementes nos levam ao mundo físico, sendo menos sofisticados, mais humildes e diretos (frutas cítricas, erva-doce, funcho, coentro). São revigorantes e fortificantes e tem afinidade com o sistema digestório.
- Pela madeira de árvores e arbustos (sândalo, cedro) auxiliam o equilíbrio e concentração, pois o processo criativo está no cerne da madeira, abrindo a consciência para esferas mais altas sem deixar que percamos o controle, por isso são indicados em rituais religiosos e meditação;
- Através de resinas ou gomas perfumadas, nesses casos os óleos essenciais têm forte afinidade com o sistema glandular, pois além de controlar as secreções, apresenta propriedades cosméticas e cicatrizantes


3.3.3 Absorção, vias de administração e formas de uso dos óleos essenciais.

A absorção descreve a velocidade na qual o óleo essencial deixa o local de administração e a magnitude com que isso ocorre. (GODMAN & GILMAN, 1991). Os óleos essenciais por terem característica lipofílica apresentam uma melhor absorção no trato gastrointestinal, que ainda assim dependerá da concentração, do fluxo sanguíneo no local da absorção e da integridade da superfície que absorve. O estômago é revestido por uma mucosa com pequena superfície e elevada resistência, já o intestino tem superfície grande, a mucosa é delgada, com resistência baixa, pressupondo que os óleos essenciais sejam mais facilmente absorvidos aí.
A absorção pulmonar é quase instantânea para o sangue, a ausência de perda hepática (na primeira passagem que ocorre na absorção gastrointestinal) é uma vantagem, além do que no caso de doenças pulmonares a aplicação local no ponto de ação é vantajosa. A desvantagem é que não se pode controlar a dosagem do que inalado. (GODMAN & GILMAN, 1991).

Na pele integra, poucas substâncias penetram, e a absorção é proporcional a superfície aplicada e a lipossolubilidade, portanto isso favorece a absorção dos óleos essenciais. Quando há a abrasão, no caso de uma massagem, o óleo essencial penetra mais facilmente, pois há aumento do fluxo sanguíneo. Em uma pele íntegra, os óleos são absorvidos a através dos ductos das glândulas sebáceas e folículos pilosos, e através das células que compõe a camada superficial da pele. O teor de absorção de um óleo essencial varia entre 4 a 25%, entretanto quando é misturada a outro veículo, a absorção poderá ser modificada, aumentando ou diminuindo dependendo do poder de penetração do veículo.

Na aromaterapia, as vias de administração mais comumente utilizadas são a cutânea e a respiratória, mas a escolha de outras vias tais como a oral, parenteral, retal, vaginal, sublingual deve ser orientada por profissionais habilitados como médicos, farmacêuticos, odontólogos e enfermeiros e depende da indicação clínica ou da forma farmacêutica em que está incorporado o óleo essencial ou das condições do paciente, havendo, portanto, uma via de administração mais adequada para cada caso. A indicação por via oral deve ser muito cuidadosa, pois os óleos essenciais contêm substâncias muito ativas em baixas dosagens e alguns são tóxicos como o de erva de Santa Maria (Chenopodium ambrosioides L.), que possui ascaridol e apenas gotas podem levar a morte ou causar convulsões.

LÁZLÓ (2005), afirma que de acordo com o objetivo e necessidade de maior rapidez do efeito, o uso oral pode garantir resultados muito mais rápidos como é o caso do tratamento de infecções e de problemas do sistema digestivo. A massagem é uma via eficaz para o tratamento de inflamações musculares, dores articulares e pode ser útil também em problemas de órgãos internos, a partir da absorção de óleos essenciais pela pele. De todas as formas de absorção, a que oferece menos risco de intoxicação é a inalação.


O mesmo autor afirma ainda, que estudos demonstraram ocorre o aparecimento dos componentes do óleo essencial, no sangue, após 20 minutos de aplicação na pele, através da massagem e após 90 minutos os níveis sanguíneos caíram a zero. Também componentes de óleos essenciais absorvidos pela pele, apareciam na respiração em intervalos que dependiam do tipo de óleo (por exemplo: terebentina, cineol e alfa-pineno levaram 20 minutos; eugenol, anetol linalol levaram de 20 a 40 minutos; hortelã pimenta, citral e geraniol levaram de 100 a 200 minutos).

Os efeitos dos óleos essenciais no cérebro podem ser explicados através de duas teorias, que não são excludentes entre si:
1ª) As moléculas estabelecem uma alteração provocando reações neuroquímicas nos nervos olfatórios, propiciando mensagens a serem enviadas à área límbica, local tido como responsável pela memória e a emoção;
2ª) A influência ocorre a partir da absorção na corrente sangüínea via membrana olfatória.

A percepção dos óleos essenciais é mais difundida através do olfato. É ele que conecta mais diretamente ao centro emocional do cérebro, atuando fisiológica e psicologicamente. A massagem com óleos essenciais é uma das formas de uso mais utilizada, pois além da ação farmacológica das substâncias que o óleo contém, o toque estabelece uma forma de comunicação não verbal trazendo empatia e compreensão pelo usuário (DE LA CRUZ, 2003).

A via de inalação tem sido satisfatória no restabelecimento de um estado saudável, quando ocorre o desequilíbrio emocional, porém o ideal é a combinação de vários métodos de aplicação, feitos durante um período mínimo de 4 a 6 semanas, devendo observar se ocorrem efeitos colaterais ou reações adversas ao usos do óleo essencial.

TRISKA (2003) afirma que nos ambientes de trabalho, o uso de óleos através de inalação, por um período de 5 a 10 minutos, durante o intervalo da jornada de trabalho, num ambiente de tranqüilidade, já é o suficiente para reverter processos de ansiedade e estresse causados por alguma situação decorrente da atividade do indivíduo. Fica claro que o estado de espírito e circunstâncias varia conforme o dia, o que pode determinar o uso de óleos diferentes, além da necessidade de continuar alguma aplicação em casa. A quantidade utilizada será apenas o suficiente para ser percebida, de forma discreta, sem excessos que possibilitem reações.

Os óleos essenciais também podem ser utilizados externamente através de compressas quentes ou frias (coloca-se 6 gotas em 1 litro de água na temperatura desejada) utilizando toalhas molhadas e colocando-as no local por 10 a 20 minutos e em banhos de imersão (a quantidade de óleo depende do tamanho da banheira – 1 gota cada 10 litros). Em inalações, são utilizados quando o local de ação são as vias respiratórias. Utiliza-se de 1 a 6 gotas em meio litro de água quente, inalando-se o vapor por 5 a 10 minutos. Para purificar o ambiente basta diluir 2 gotas em 500 ml de água fria e colocar em borrifador aspergindo no local ou então utilizar um difusor, que com auxílio de uma vela, o óleo essencial evapora e o aroma se espalha pelo ambiente.

Por via oral, os óleos podem ser acrescentados em chás e xaropes, e também ser utilizados na alimentação: em sucos (1 litro de suco de abacaxi com 1 gota de óleo de hortelã), em pães e bolos (5 a 8 gotas de óleo essencial de laranja ou limão em uma receita de bolo), como tempero, por exemplo o alho, além de dar maior sabor aos alimentos, utilizando 2-5 gotas, também auxilia no combate ao colesterol; o gengibre em sopas e pastas para pães na dose de 2-4 gotas (DE LA CRUZ, 2003). Para massagem utiliza-se 7 a 10 gotas de óleo essencial para cada 25 ml de óleo carreador (óleo de amêndoas, girassol, uva, gérmen de trigo, coco de babaçu, etc.), em cremes utiliza-se 5 a 20 gotas de óleo essencial para cada 50 g de creme base (as dosagens maiores são indicadas para problemas respiratórios, contusões, dores articulares).

4 – CONCLUSÃO

O interessante é que como cético cada dia que estudo sobre a Homeopatia e seus ramos fico intrigado de como a mente (cabeça) comanda tudo. Você pode tomar vários medicamentos ou drogas convencionais, mas a mente deve ser tratada de maneira especial. A aromaterapia é uma medicina alternativa que utiliza o perfume dos óleos essenciais para tratar doenças e proporcionar bem-estar geral. Suas técnicas e empregos são milenares e seus resultados para o corpo e alma são enormes. Seu estudo e trabalhos científicos são muito vastos, simplesmente procurando se acha vários artigos muito interessantes.

 5  - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS

ALEXANDER, m. How aromatherapy works – syntetic and efficacious pathways os essential oils in human physiology. Florida: Ewbhole spectrum arts and pub, 200 v. 1

AUTEROCHE, B. & NAVAILH, P. O Diagnóstico na Medicina Chinesa. São Paulo:

BOTSARIS, A. Fórmulas Mágicas. Como Utilizar e Combinar Plantas para o Tratamento de Doenças Simples. 4ª ed. Rio de janeiro: Nova Era, 2006.781 p.Andrei. 1986.420 p.

DE LA CRUZ, M. G. O Uso de Óleos Essenciais na Terapêutica. In: Maria de Fátma Barbosa Coelho; Plácido Costa Júnior; Jeferson Luiz Dallabona Dombroski. (Org.). Diversos Olhares em Etnobiologia, Etnoecologia e Plantas Medicinais. 1 Ed. Cuiabá: Unicen, 2003, V. , P. 219-234

FARMACOPEIA BRASILEIRA, 2ª ed. São Paulo: Siqueira, 1959.

MAXWELL-HUDSON, C. Aromaterapia e Massagem. São Paulo: Vitória Régia,2000.112 p.

TRISKA, L. N. S. Prazer e Bem estar no Ambiente de Trabalho: A Importância do Olfato na Ergonomia. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Catarina. 2003.

Disponível em: AROMALÂNDIA – Óleos essenciais. http://aromalandia.isonfire.com, acessado em 28/09/2013 às 01:57h

Disponível em: http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/oleos_essenciais_na_acupuntura.pdf; acessado em 28/09/2013 às 02:09h
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