sexta-feira, 15 de março de 2013

Aula de Farmacotécnica - Manipulação

Nesta aula, começamos a interagir com os PA, excipientes, encapsulamento e vimos os diversos tamanhos de cápsulas.


Esta é parte da aula ministrada, antes de irmos para a aula prática, pela   PROF. Ms. LUCIMARA DE SOUZA.





PROCESSOS DE MANIPULAÇÃO DE SÓLIDOS



n  Os processos de manipulação devem ser efetuados por técnicos especializados e pelo farmacêutico responsável.

n  O farmacêutico deverá analisar criticamente a receita a ser aviada, para isso é essencial seguir alguns critérios técnicos.

1. PESAGEM

n  Materiais utilizados:
n  Balança semi-analítica (calibrar)
n  Espátulas (aço inox ou plástico)
n  Papel manteiga
n  Saco plástico o homogeneizador
n  Calculadora


2. ORDEM DE MANIPULAÇÃO

n  Ordem de Manipulação é um registro de todas as formulações que foram aviadas e serão manipuladas.
n  Nela deve conter: 
- os dados do paciente,
   - a formulação com suas dosagens,
   - a quantidade a ser pesada de matéria-prima,
   - a quantidade de cápsulas a ser manipuladas,
   - orientação quanto ao tamanho e cor das   cápsulas a serem utilizadas.
  - visto do manipulador, encapsulador e do farmacêutico.



 Exemplo de Ordem de Manipulação:

Paciente: xxxxxxx
Endereço: xxxxxx                 tel:xxxxx
Médico: xxxxxxx

Formulação:                          PESAR
ATENOLOL 50mg.................1500mg ou seja 1,5g
CLORTALIDONA 25mg.......... 750mg ou seja 0,75g
                                                        Manipular: 30 cápsulas
Tamanho da cápsula:
Cor da cápsula:
Excipiente utilizado:                 quant:
Posologia: Tomar uma capsula pela manhã.
Pesagem:............   Encapsulação.............  Resp. técnico:..........


3. HOMOGENEIZAÇÃO

n  Processo em que os sais são misturados em gral de porcelana  para uma homogeneização completa.
n  O processo de homogeneização se deve a mistura dos componentes da fórmula de forma uniforme.
n  Este processo pode ser realizado através de um saco plástico ou homogeneizadores.
n  O homogeneizador deve estar ciente das Boas Práticas de Manipulação, estando devidamente paramentado

4. TAMIZAÇÃO

n  Processo pelo qual as matéria-primas pesadas serão passadas em uma peneira (tamis) para a diminuição das partículas.
Nota: os sais em microgrânulos ou pellets (omeprazol, lanzoprazol, itraconazol e outros) não passarão pelo processo normal de homogeneização e tamização.


5. TAMANHO DA CÁPSULA

Capacidades médias das cápsulas gelatinosas duras:

    Tamanho da cápsula         Volume em ml                Capacidade em mg
            000                              1,37                     822 – 1644 mg  (750mg)
             00                                0,95                    570 – 1140 mg  (500mg)
               0                                0,68                    408 – 816 mg    (400mg)
               1                                0,5                      300 – 600 mg    (350mg)
               2                                0,37                    222 – 444 mg    (250mg)
               3                                0,30                    180 – 360 mg    (200mg)
               4                                0,21                    126 – 252 mg    (150mg)


6. MÉTODO VOLUMÉTRICO

n  O peso da matéria prima varia pela sua densidade;
n  Este método é muito mais preciso;
n  Não ocorre o inconveniente de ter de desmanchar todas as cápsulas para refazer;
n  Aplica-se este método quando o peso ultrapassa  a capacidade  do maior tamanho de cápsula ou quando as cápsulas não estão completas.

n  Pesar todos os componentes da fórmula;
n  Colocar em uma proveta graduada;
n  Medir o volume da proveta;
n  Bater com cuidado a proveta na bancada para assentar o pó;
n  Fazer a leitura do volume;
n  Ex: 28ml    p/ 30 cápsulas
n  Dividir 28/30  = 0.93ml
n  Olhar na tabela e comparar os valores;
n  Caberá na cápsula 00, e o restante completa com excipiente;
n  Ex: 0.95ml x 30 = 28.5ml
n        0.93ml x 30 = 27.9ml
n      28.5ml – 27.9ml = 0.6ml de excipiente
para completar a cáp 00.
n   Tarar a balança com a proveta e completar com excipiente. 


Referência: Material disponibilizado pela professora PROF. Ms. LUCIMARA DE SOUZA.














Obtenção de indicador de pH colorido com pétalas de rosas


"Indicadores são substâncias que mudam de cor na presença de íons H+ e OH- livres em uma solução, e justamente por esta propriedade são usados para indicar o pH, ou seja, como o próprio nome já diz, os indicadores indicam se uma solução é ácida ou básica.

O uso de indicadores de pH é uma prática bem antiga que foi introduzida no século XVII por Robert Boyle.


Boyle preparou um licor de violeta e observou que o extrato desta flor tornava-se vermelho em solução ácida e verde em solução básica. Gotejando o licor de violeta sobre um papel branco e, em seguida, algumas gotas de vinagre, observou que o papel tornava-se vermelho. Assim foram obtidos os primeiros indicadores de pH em ambas as formas: solução e papel.


Durante o século XVIII, notou-se que nem todos os indicadores apresentavam as mesmas mudanças de cor. Em 1775, Bergman escreveu que extratos de plantas azuis são mais sensíveis aos ácidos, ou seja, possuem uma variação gradual de cor, que pode diferenciar ácidos fortes de fracos. Por exemplo, ácido nítrico torna o extrato vermelho, já o vinagre não. E quando se trabalha com extrato de litmus, esta mudança gradual de cor para ácidos de diferentes forças não é observada.


Em 1767, Willian Lewis usou, pela primeira vez, extratos de plantas para a determinação do ponto final em titulações de neutralização. Antes disso, os extratos obtidos a partir de diversas espécies de plantas só tinham aplicação para a análise qualitativa de águas minerais mencionadas por Boyle, Iorden e duClos.


Em 1835, Marquat, realizando estudos com diversas espécies vegetais, propôs o termo antocianinas (do grego: anthos = flores; kianos = azul) para se referir aos pigmentos azuis encontrados em flores.


Somente no início do século XX, Willstätter e Robinson relacionaram as antocianinas como sendo os pigmentos responsáveis pela coloração de diversas flores e que seus extratos apresentavam cores que variavam em função da acidez ou alcalinidade do meio. Foi notado que as antocianinas possuem coloração avermelhada em meio ácido, violeta em meio neutro e azul em condições alcalinas. Este estudo explicou as mudanças de cores de extratos vegetais observadas por Boyle.
"


Referências Bibliográficas


Ross, E. Em Ullmann´s Encyclopedia of Industrial Chemistry; Elvers, B.; Hawkins, S.; Ravenscroft, M.; Schulz, G., eds.; VCR: New York, 1989, p. 127.     

Baccan, N.; Andrade, J. C.; Godinho, O. E. S.; Barone, J. S.; Química Analítica Quantitativa Elementar, 2a ed., Ed. Unicamp: Campinas, 1979, p. 46. 


Bányai, E. Em Indicators; Bishop, E., ed.; Pergamon Press: Oxford, 1972, p. 1.  








Fotos da aula:














































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