sábado, 6 de abril de 2013

Curiosidades de Química

Em uma aula de Química Farmacêutica minha professora perguntou se sabíamos como as lagartixas conseguem subir pelas paredes. Ela explicou que era graças às forças de Van der Waals que se estabelecem entre suas moléculas, porém quis pesquisar mais e acabei encontrando algumas curiosidades em vários blogs na internet. Posto aqui as que achei mais interessantes.

Você já se perguntou por que estudar Química?


"Não é do conhecimento de todos, mas o estudo dessa ciência se relaciona com os avanços tecnológicos. Imagine se uma pessoa que viveu no século XVI pudesse viajar pelo tempo e ver as inúmeras novidades do século XXI? Ela iria encontrar, por exemplo, um aparelho chamado televisão que é um produto da era tecnológica na qual vivemos e se perguntaria: Como isso é possível?


Daí você pode pensar: Mas o que um televisor tem a ver com Química? A produção de diversos materiais que constituem a televisão depende dos conhecimentos de Química. E isso acontece também com muitos outros produtos presentes em nosso dia a dia, que em cuja composição a ciência está presente.



Nesta seção você terá acesso a inúmeras curiosidades do nosso cotidiano, todas relacionadas com a Química Experimental, saber como são produzidos os mais variados objetos e de quê eles são feitos. Confira!" Por Líria Alves de Souza - Graduada em Química - Equipe Brasil Escola


A Química da Tatuagem



"Os elementos da Família B da tabela são denominados Elementos de transição e é a partir deles que surgem as tatuagens. Os elementos de transição possuem a propriedade de formar compostos coloridos, por isso são empregados para muitos fins, como por exemplo, fabricar vidros coloridos. 

As tatuagens podem ter vários significados, depende do ponto de vista: em alguns grupos sociais elas funcionam como forma de comunicação não-verbal, e servem para identificar os membros de um mesmo grupo, tribo ou sociedade.

A técnica utilizada nas tatuagens permanentes consiste em introduzir na derme com o auxílio de agulhas, pigmentos que ficam retidos nas células da pele. Os pigmentos mais comuns e suas cores específicas estão relacionados a seguir:

Sais de cádmio ....................................................Amarelo ou vermelho
Sais de crômio .....................................................Verde
Sais de ferro ........................................................Castanho, rosa e amarelo
Sais de cobalto .....................................................Azul
Sulfeto de Mercúrio ..............................................Preto
Carbono (carvão) .................................................Preto
Óxido de Titânio ...................................................Branco "



Carvão e diamante, o que os difere?




"Carvão e diamante são substâncias que têm a mesma composição, mas valores extremamente diferentes. Imagine só fazer joias usando carvão ou acender uma lareira colocando diamantes para queimar, não seria absurdo?
Na verdade, a semelhança entre diamante e carvão limita-se apenas ao fato de que o carvão é um mineral rico em carbono e os diamantes também são feitos de carbono.
E por que o diamante possui valor tão alto, ao contrário do carvão, que é simplesmente queimado?

Vejamos as diferenças no processo de formação:

Os diamantes são obtidos sob altíssimas pressões a partir do magma presente no interior da Terra (bem abaixo da crosta). Foram necessários vários séculos para que camadas de magma fossem sendo depositadas umas sobre as outras, acarretando em forte pressão. O magma foi sendo comprimido até se petrificar. O resultado você já sabe, diamantes belos, duráveis e muito valiosos.

Já o carvão surge de um processo bem mais simplificado e acessível, ele é obtido a partir da decomposição de folhas, vegetação e árvores. O local escolhido é embaixo da terra, onde as temperaturas se elevam em relativa pressão. O carvão é formado a partir das mudanças físicas e químicas propícias a essas condições, num tempo bem inferior ao que origina o diamante.

Portanto, não seria possível ambas substâncias possuírem o mesmo valor comercial, uma vez que o tempo de formação se difere nos dois processos."


Cerveja em tempos antigos





"Já é bem antigo o ato de servir bebidas na companhia de amigos e, é claro, quando feito com moderação e no tempo apropriado se torna mais um momento de lazer. Saiba que este costume data de tempos bem antigos, desde quando as cervejarias começaram a dar seus primeiros passos. Vamos ver?

Os agricultores do Oriente foram os descobridores da propriedade dos grãos, em 9000 a.C. Uma junção de cevada e trigo originou uma bebida denominada de cerveja rudimentar.
A bebida dourada já tinha seu valor nos primórdios da civilização, tanto que servia como moeda de troca na Mesopotâmia no ano de 6000 a.C.
Os primeiros escritos relacionados à cerveja dataram de 3500 a.C. Os asiáticos, europeus, germânicos e celtas registraram o sucesso da bebida pela região da Europa e Oriente Médio.

Mas foi na Alemanha, no ano de 1040, que teve início a produção comercial da cerveja, mais precisamente no mosteiro de Weihenstephan, em Freising. A cervejaria fundada ali é a mais antiga e está em atividade até hoje.
No ano de 1400, o lúpulo (planta aromática) foi adicionado à composição das tradicionais cervejas. A substância confere sabor característico (amargo) e auxilia na conservação da bebida.

A padronização da cerveja surgiu em 1516, na Alemanha. Os ingredientes instituídos pela “Lei de Pureza na Baviera” seriam: cevada, lúpulo e água.
Somente no ano de 1808 a bebida chegou ao Brasil para ficar. Os portugueses trouxeram o produto que se revelaria uma paixão nacional.

E já no ano de 1810, para comemorar o sucesso da bebida, iniciou-se o evento anual Oktoberfest na cidade de Munique, na Alemanha. É o maior festival de cerveja do mundo.
Novos métodos de purificação originaram o que conhecemos hoje por cerveja “Pilsen”. O processo criado por Josef Groll em 1842, na república Tcheca, confere a cor clara e sabor refrescante das cervejas atuais."



Como as lagartixas conseguem subir pelas paredes?


"As patas das lagartixas grudam e desgrudam com facilidade dos mais diversos tipos de superfícies graças às forças de Van der Waals que se estabelecem entre suas moléculas.


Algo que com certeza já passou pela nossa cabeça é como a lagartixa (também conhecida como geco) consegue subir pelas paredes e até mesmo andar pelo teto desafiando a lei da gravidade? Será que elas liberam algum tipo de cola pelas patas? Por que é que não ficam grudadas?

Na realidade, não é nenhum cola que elas soltam, pois as patas das lagartixas nunca ficam sujas, não deixam nenhum tipo de resíduo e mesmo assim conseguem aderir a qualquer superfície, exceto o teflon. Além disso, elas não só grudam com facilidade, mas também desgrudam com pouco esforço.

Se não é uma cola, será um tipo de sucção? Testes feitos em uma câmara de vácuo mostraram que também não é esse o seu mecanismo para não cair.

Os cientistas descobriram que essa habilidade desse pequeno réptil tem a ver com as forças de Van der Waals, que são forças intermoleculares denominadas assim em homenagem ao cientista Johannes Diederik van der Waals (1837-1923) que determinou as forças que se estabelecem entre as moléculas.

Uma dessas forças, a de dipolo induzido, é a que se estabelece entre as patas da lagartixa e a superfície por onde ela anda. Essas forças são resultado do seguinte processo: isoladamente, essas moléculas não apresentam um dipolo, são apolares; mas, no momento em que se aproximam, as atrações ou repulsões eletrônicas entre seus elétrons e núcleos podem levar a uma deformação de suas nuvens eletrônicas, momentaneamente, originando polos positivos e negativos temporários. Esse dipolo formado em uma molécula induz a formação do dipolo em outra molécula vizinha e, por isso, elas se atraem, mantendo-se grudadas ou unidas.

Esse tipo de força intermolecular é considerada fraca e, geralmente, a gravidade se sobrepõe. É por isso que nós não conseguimos escalar paredes.

Mas, no caso da lagartixa, é diferente, pois as suas patas têm milhões de filamentos (cerdas) que se subdividem em milhares de estruturas com espessura de um décimo do diâmetro de um cabelo, chamadas de espátulas. O fato de serem tão pequenas aumenta a área que fica em contato com a parede e multiplicado pelas milhares espátulas das patas da lagartixa, as forças de Van der Waals produzem suficiente atração para segurar o peso desse pequeníssimo lagarto.



A força adesiva desses filamentos é tão grande que um milhão deles, equivalente à superfície de uma moeda, pode levantar uma criança de 20 Kg.
O mesmo princípio se aplica a outros animais que também conseguem subir em paredes como aranhas e moscas.




Os cientistas estão tentando reproduzir artificialmente esse fenômeno. Poderiam desenvolver um material com essas propriedades que fosse uma alternativa para o velcro (que também é uma imitação da natureza, pois seu projeto se baseia nas sementes de bardana), podendo ser usado, por exemplo, em aplicações médicas.

Também querem desenvolver robôs que possam escalar paredes com segurança para serem usados em missões de resgate. Ainda há ideias que permitam que o homem escale montanhas no futuro sem o uso de cordas ou grampos.


Fonte: Jennifer Fogaça -http://www.brasilescola.com/quimica/curiosidades-quimica.htm

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