Trabalho apresentado na disciplina de Bioquímica - Fontes citadas em Referências Bibliográficas no final da publicação
" INTRODUÇÃO
As várias funções do organismo devem ser capazes de responder, de forma
coordenada e apropriada, a diversas modificações físicas e químicas,
provenientes de dentro ou de fora do organismo. Os sistemas, nervoso, e
endócrino, são, estudados em separado, porém atuam de forma integrada na
regulação do metabolismo. No primeiro, a comunicação opera através de
neurotransmissores, tais como a noradrenalina, acetilcolina ou serotonina, que
cobrem uma curtíssima fenda sináptica existente entre os neurônios. No segundo
agem mensageiros químicos denominados hormônios, que são sintetizados e
armazenados nas glândulas endócrinas, e prontos para serem liberados na
corrente circulatória pelo processo exocitose quando requeridos. Uma vez na
corrente circulatória, os hormônios podem atingir células-alvo distantes, e a
retenção e absorção, são dependentes de receptores específicos com alta
afinidade, localizados na superfície da membrana plasmática da célula, ou no
núcleo celular. Eles são moduladores de
reações enzimáticas do metabolismo, participando de funções específicas, como
crescimento celular, tissular, metabolismo.
Uma glândula com função secretora endócrina e exócrina. Formada por
um conjunto de células (ilhotas de Langerhans) especializadas na secreção dos
hormônios Insulina e Glucagon.
O pâncreas produz dois hormônios importantes
na regulação da taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon.
INSULINA
A insulina é uma proteína com duas cadeias
polipeptídicas ligadas, contendo 21 aminoácidos na cadeia A e 30 aminoácidos na
cadeia B. as cadeias unem-se por ligações de dissulfeto.
Quando a insulina começa ser fabricada, ela está sob a
forma de pré-pró-insulina, que é inativa. A insulina madura é formada a partir
do seu precursor pré-pró-insulina, através de várias reações de proteólise. A
remoção de 23 aminoácidos (seqüência de sinalização) na região aminoterminal da
pré-pró-insulina e a formação de 3 pontes de dissulfeto produzem a
pró-insulina. Posteriormente, nova proteólise remove o peptídeo C formando a
insulina madura, composta por 2 cadeias: A e B. [Poian, et al]
SECREÇÃO
São vários os tipos de estímulo e secreção de insulina
pelas células β do pâncreas. Esses fatores podem estimular ou inibir a
liberação de insulina. Algumas proteínas (arginina, lisina, leucina e alanina),
cetoácidos, cálcio, potássio, glucagon ácidos graxos livres, secretina,
colestocinina, acetilcolina, etc. estimulam a secreção de
insulina, enquanto exercícios físicos, jejum, galanina, pancreastamina, etc.
diminuem.
O principal estímulo da secreção é a concentração de
açúcar no sangue. O alimento presente no estômago estimula a produção de
algumas enzimas citadas acima, que estimulam a secreção de insulina.
.
AÇÕES DA
INSULINA
A insulina afeta o metabolismo da glicose, dos
aminoácidos e dos ácidos graxos. Seus efeitos são muito amplos e agem em muitos
órgãos e células.
Após
ser secretada e transportada aos tecidos ela começa ser degradada,
principalmente pelo fígado, rins e músculos.
Quando a insulina encontra seus receptores na membrana
das células, começa promover inúmeros eventos, em vários locais da célula. Esse
hormônio também promove o armazenamento de combustível, estimula a captação de
nutrientes na célula.
Os níveis plasmáticos de glicose, ácidos graxos livres,
cetoácidos e glicerol são diminuídos pela ação da
insulina. Sua deficiência ocasiona perda de massa magra e tecido adiposo, hiperglicemia, problemas de crescimento e cetoacidose
metabólica.
A deficiência de insulina pode causar sérios distúrbios
metabólicos, como a diabetes. Isso está relacionado com a deficiência das
células β. Tanto tipo 1 como tipo 2 são causados por essa deficiência. A
secreção de insulina é aumentada pela obesidade e diminuída com exercícios
físicos. Um tumor nas células β também provoca hipersecreção de insulina.
Vídeo
explicativo sobre absorção de Glicose pelas células graças a Insulina.
Observar
que o alimento presente no estômago estimula a produção de Insulina no Pâncreas
e no final: a entrada de Glicose no interior das células.
GLUCAGON
O glucagon
é um hormônio produzido pelo pâncreas e trabalha como
um antagonista da insulina, aumentando os níveis plasmáticos de glicose,
cetoácidos, ácidos graxos livres e diminui os
níveis de aminoácidos. Eles possuem efeitos antagônicos em outras tarefas
hepáticas.
ESTRUTURA
E SÍNTESE
Possui uma cadeia simples com 29 aminoácidos. É sintetizado
por um precursor pré-pró-glucagon pelas células das ilhotas de Langerhans.
O glucagon é sintetizado nas células α do pâncreas,
enquanto a insulina é sintetizada pelas células β. As células α estão
localizadas nas ilhotas de Langerhans, na porção endócrina do pâncreas. Sua
secreção é aumentada quando os níveis de glicose no sangue estão baixos,
fazendo com que estes níveis aumentem, voltando ao valor normal.
É controlado fisiologicamente pelo organismo através da
hipoglicemia, baixos níveis de ácidos graxos, hiperaminoacidemia, estímulo
vagal e estímulos do sistema adrenal, como estresse ou exercício.
Após ser produzido, o glucagon pode ficar estocado em
vesículas secretórias das células α ou ser diretamente secretado. O glucagon
possui um metabolismo pulsátil de secreção, pois desta forma ele é mais ativo.
Esses pulsos são regulados pela ação do sistema nervoso nas ilhotas de
Langerhans.
FUNÇÃO
O glucagon é antagonista da insulina, estimulando o
fígado (órgão mais afetado por este hormônio) e os músculos a degradarem o
glicogênio e liberar glicose. O fígado é responsável pela
gliconeogênese e o glucagon desempenha importante função de regulação deste
processo, evitando também a hipoglicemia.
O glucagon promove a utilização de combustíveis, ao
invés de armazenamento e isso ocorre principalmente com a glicose.
Além disso, o glucagon diminui a síntese de colesterol
pelo fígado, inibe a reabsorção de sódio pelos rins, aumenta sensivelmente
o débito cardíaco, pode agir regulando o apetite e diminui o nível de
aminoácidos.
PATOLOGIAS
Tumores nas células α podem causar excesso de glucagon,
aumentando os níveis plasmáticos de glicose e cetoácidos. Leia: Glucagunoma.
INSULINA X
GLUCAGON
Ambos são muito importantes no metabolismo de
carboidratos, proteínas e gorduras. A razão entre os dois controla os níveis de
produção e degradação de glicose. Possuem efeitos também antagônicos em outros
processos enzimáticos do fígado no metabolismo de glicose e ácidos graxos.
GLÂNDULAS
SUPRA-RENAIS
Têm este nome devido ao fato de se situarem sobre os
rins, apesar de terem pouca relação com estes em termos de função.
As supra-renais são glândulas vitais para o ser humano,
já que possuem funções muito importantes, como regular o metabolismo do sódio,
do potássio e da água, regular o metabolismo dos carboidratos e regular as
reações do corpo humano ao stress. Produzem Adrenalina e Noradrenalina.
ADRENALINA
A adrenalina é
um hormônio produzido
pelas glândulas supra renais e prepara o organismo para realizar atividades
físicas e esforços físicos. A adrenalina, ou epinefrina é um hormônio e também
um neurotransmissor, pois atua no sistema nervoso simpático.
SÍNTESE E SECREÇÃO
A adrenalina é produzida pela glândula adrenal (origem de seu nome).
A adrenal também pode ser chamada de glândula supra-renal e se localiza sobre
os rins. Esse hormônio tem grande correlação com o sistema nervoso simpático.
Quando o organismo passa por uma situação de estresse
alto, estresse e cansaço físico, nervosismo, hipoglicemia, jejum prolongado,
hemorragias, etc. há um estímulo a produção de
adrenalina, que atua principalmente nos órgãos periféricos, provocando
dilatação da pupila, taquicardia, tremores, sudoreses, etc. como
reações de “fuga”.
A adrenalina é incapaz de atravessar a membrana
plasmática, e sua atividade é facilitada por receptores adrenérgicos da membrana.
FUNÇÕES DA
ADRENALINA
Os efeitos da adrenalina sobre o sistema cardiovascular
são considerados os mais importantes, pois mantêm a freqüência cardíaca e
pressão arterial adequada tanto em repouso como em condições de estresse.
A adrenalina promove vasoconstrição periférica, aumento
da freqüência cardíaca e da automaticidade das regiões do coração.
Nos brônquios, a
adrenalina permite a broncodilatação e aumento da respiração, por isso é
utilizada no tratamento de bronquites.
A adrenalina pode estimular a secreção de hormônios como
insulina, glucagon, gastrina, etc. Estimula o aumento da concentração de
glicose no plasma. Promove a fosforilação de proteínas no fígado, envolvidas na
regulação do metabolismo do glicogênio. Participa da
degradação de triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo. Além disso, ela também está envolvida com
o orgasmo, aumentando o fluxo sanguíneo nos
músculos relacionados com as atividades sexuais, acelerando os batimentos
cardíacos, respiração e suor.
ADRENALINA
X INFARTO
Para que os sangue chegue mais rápido aos órgãos, quando
solicitados em reações de “fuga”, estresse, fortes emoções, etc. a adrenalina
provoca aumento dos batimentos cardíacos, elevação das artérias e
vasoconstrição dos vasos. O infarto acontece quando uma dessas artérias esta
entupida e não possibilita a passagem do sangue até o órgão, causando morte das
células por falta de oxigenação.
Vídeo
explicativo produção de Adrenalina.
Observar
o comando do cérebro, produção nas supra-renais e o aumento dos batimentos
cardíacos.
NORADRENALINA
A Noradrenalina, também chamada de Noraepinefrina, é uma das
monoaminas que mais influenciam o humor, ansiedade, sono e alimentação junto
com a Serotonina, Dopamima e Adrenalina.
MECANISMO
DE AÇÃO
Suas principais ações no sistema cardiovascular estão
relacionadas ao aumento do influxo celular de cálcio e a manter a pressão
sangüínea em níveis normais.
Além de ser um hipertensor. Possui efeito agonista
alfa adrenérgico-aumenta a Resistência Vascular Sistêmica, sem aumentar
significantemente o débito cardíaco.
CURIOSIDADE
No dia 27 de julho de 1921, dois pesquisadores da Universidade de Toronto
isolavam pela primeira vez o hormônio fabricado nas células do pâncreas: a
insulina. Descoberta permitiu controle da diabetes, até então mortal.
A primeira pessoa a ser salva após a descoberta da
insulina foi Elizabeth Hughes. Ela tinha 14 anos de idade e era diabética. Até
o começo dos anos 1920, não havia nenhum medicamento para esta doença mortal. A
diabetes era combatida apenas através de uma rigorosa dieta. Uma solução pouco
prática, uma vez que, para conter os efeitos da doença, era preciso passar fome
(com dietas de 350 calorias), o que gerava graves conseqüências.
Os médicos haviam recomendado à jovem a única terapia
existente. Elizabeth não teve outra saída senão se submeter a uma dieta
controlada. O objetivo era impedir que as elevadas taxas de açúcar aumentassem
ainda mais, provocando o coma diabético. Este tratamento era um dilema: por um
lado, os doentes não entravam mais em coma, por outro, iam definhando por falta
de alimentação.
No verão de 1922, Elizabeth era só pele e osso e estava
muito enfraquecida. Quando sua mãe ficou sabendo que, no Canadá, havia sido
descoberto um novo medicamento contra a diabetes, procurou Frederick Banting,
responsável pela pesquisa. No dia 16 de agosto, o médico iniciou o tratamento
na jovem paciente.
Elizabeth recebeu a primeira injeção de insulina. Nas
semanas seguintes, começou a ganhar peso e recuperou as energias. Em outubro,
percebeu que tinha crescido. Pouco tempo depois, deixou o leito e voltou a
frequentar a escola. Sua recuperação parecia um milagre.
O
DISTÚRBIO
Diabetes mellitus é um
distúrbio no metabolismo da glicose do organismo, no qual a glicose presente no
sangue passa à urina sem ser aproveitada pelo corpo. Todos nós produzimos
insulina, um hormônio protéico, através das células do pâncreas.
Quem sofre de diabetes açucarado não produz insulina. Com isso, o corpo não
consegue absorver a glicose do sangue, as células começam a "passar
fome" e o nível de açúcar no corpo permanece constantemente alto.
A insulina como medicamento é obtida em forma cristalina do pâncreas de bovinos
e suínos. Ela é injetada no organismo através de uma aplicação subcutânea,
ajudando o sangue a absorver a glicose.
A SOLUÇÃO
Muitos médicos já haviam chegado à conclusão de que a
solução do problema estaria no pâncreas. A insulina foi revelada pela urina de
um cachorro. Em 1889, os médicos alemães Joseph von Mering e Oscar Minkowski
retiraram o pâncreas de um cão para verificar se isso modificava a digestão de
gordura. Por acaso, observaram que o xixi do bicho tinha passado a atrair mais
moscas. Ao examinar a urina, verificaram que ela estava cheia de açúcar.
Seguindo a pista aberta pelo achado, Mering e Minkowski descobriram que o
pâncreas produzia uma secreção, chamada insulina, indispensável à absorção do
açúcar pelo organismo.
A DIFICULDADE ERA ISOLAR O HORMÔNIO QUE SEGREGA A INSULINA
Alguns anos depois, em 1921, o médico canadense
Frederick Banting e seu auxiliar, o estudante de Medicina Charles Best,
decidiram repetir o experimento, sacrificando um cão para analisar seu
pâncreas. Eles cortaram a glândula em pedacinhos, congelaram numa solução com
sal e a trituraram. Esse líquido foi filtrado, resultando em um
extrato cor-de-rosa: a insulina. Ao ser testado em animais, teve sua eficiência
comprovada.
No ano seguinte, com a técnica de coleta aprimorada, a
insulina passou a ser fabricadaem série. Esta descoberta,
que logo recebeu um Prêmio Nobel, livrou milhares de pessoas do sofrimento e é,
até hoje, o método mais eficiente de controle da diabetes.
CONCLUSÃO
Da mesma forma que existe níveis saudáveis
para o colesterol, açúcar no sangue, pressão arterial, também
existe níveis hormonais bons e saudáveis. Hormônios esteróides sexuais são
mensageiros químicos que circulam pelo seu corpo e dizem para as suas células o
que fazer. Dês do momento que você nasceu, estes hormônios importantes não só
te asseguram que você crescerá e desenvolverá, mas também ajudam a te proteger
de doenças. A textura e a maciez de sua pele, a forca dos seus músculos e
ossos, a flexibilidade das suas artérias e veias, sua
digestão e eliminação, sua sexualidade, até a tua capacidade de lhe dar com o
stress, são impactados pelos seus hormônios."
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
BERNE,
Robert M. [et al.]; Fisiologia; Rio de Janeiro: Elsevier, 2004
ALVES,
Paulo Cesar de Carvalho, Hormônios e Metabolismo: Integração e Correlações Clínicas
– São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
HARRY,
Edgard Blücher; Endocrinologia; – São Paulo:, Ed. Da Universidade de São
Paulo.
Disponível em http://uskab.blogspot.com.br/2009/11/descoberta-da-insulina.html, acessado em 12/12/2011 às 13:33h
Me ajudou montar um trabalho pra facul ... Vlw
ResponderExcluirFico feliz, sempre comente para melhorar minhas postagens! Obrigado!
Excluiroi tchau buceta
ResponderExcluir"Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal." Platão
ExcluirMe ajudou para o meu simulado da escola! Texto super completo!
ResponderExcluirFico feliz em contribuir!
ExcluirMe ajudou no trabalho da faculdade. ótimo texto
ResponderExcluirOlá! Esse trabalho foi no inicio do meu bacharel em Farmácia! Que bom que serviu!
ExcluirOi, Posso utilizar algumas informações de seu trabalho em minhas atividades acadêmicas?
ResponderExcluirComo não vi seu nome completo, referencio você como 'HENRIQUE, Marcos' somente?
Grato.
Boa noite,
ExcluirMeu nome é Marcos Henrique de Souza Prado e em citações Bibliográficas é Prado, M.H.S.
Lembrando que existem regras para referenciar quando você retira de artigos na internet também, isto é uma dica importante.
Grande Abraço
Att
Marcos Henrique